Segundo ele, a partir de agora, o correntista pode fazer operações no banco de sua escolha e não apenas na instituição em que é cliente. A nova regra vale, inclusive, na tomada de empréstimos consignados em folha de pagamento. O cliente tem direito de portabilidade da conta, mesmo que esteja vinculada ao recebimento de salário.O fim da exclusividade vale, no entanto, apenas para os contratos novos. Os contratos antigos, com cláusula de exclusividade, continuam sendo respeitados, segundo Odilon.Analistas de mercado, entretanto, recebem a notícia de possível redução dos juros bancários com algum ceticismo. Principalmente diante da estimativa de elevação da taxa básica de juros (Selic), que está em 10,75% ao ano e, de acordo com o boletim Focus, pode chegar a 11,25% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por determinar o valor da taxa básica de juros, se reúne nesta noite.O vice-presidente da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, afirmou que, depois de quatro meses seguidos em queda, os juros bancários subiram nos meses de novembro e dezembro, em razão da retomada do processo de inflação que desencadeou expectativas de elevação da taxa Selic a curto prazo.De acordo com pesquisa da Anefac, a taxa média de juros bancários chegou a 6,79% ao mês em dezembro, o que dá 119,97% ao ano - mais de 11 vezes a taxa básica de juros que serve de parâmetro para os custos bancários. Dessa forma, segundo ele, se os bancos mantiverem essa margem, cada elevação na Selic corresponderá a reajustes nas taxas bancárias. Miguel de Oliveira ressaltou que o cenário de pressões inflacionárias leva a expectativas de mais aumentos na Selic ao longo de 2011.
Fonte: Agência Brasil