A Secretária de Educação do Estado Olga Simões pousou "secretamente" em Imperatriz nesta quarta-feira a noite, engana-se quem acha que veio tratar de algum assunto ligado à educação estadual ou à greve dos professores, na verdade seu plano era passar despercebida pelos grevistas e participar, na manhã de hoje, de uma reunião com representantes da empresa Suzano.
O plano falhou, o sindicato descobriu a agenda e preparou rapidamente um ato público para frente da Academia Imperatrizense de Letras onde ocorreria a reunião de "negócios". Mesmo com todo o aparato militar à serviço da repressão estadual, o movimento fez barulho, atrapalhou o evento e forçou o diretor regional de educação Agostinho Noleto sair do ambiente fechado e convidar uma comissão de educadores para falar com a Secretária acompanhada do próprio Noleto, da professora Wilma, gestora de educação e de um representante fardado da escola militar.
Liderada pelo representante regional do Simproesemma professor Wilas, a comissão formada ainda pelo professores Carlos Hermes, Carlos Henrique e David Souza e as professoras Silvana e Rosyjane denunciou o despotismo do diretor regional que ao invés do diálogo trata de ameaças, desrespeito público e terrorismo com os educadores grevista e reafirmaram a indisposição da categoria em aceitar ser dirigida pelos atuais gestores.
A Secretária foi questionada ainda a respeito da aprovação do estatuto, Lei do Piso, concurso para vigias, zeladores e merendeiras e nomeação dos excedentes do último concurso.
Na sua fala Olga Simões de forma sutil reafirmou as duras posições do Estado dizendo agir em nome da lei, falou sobre sua reunião em Brasília onde tratou com o ministro de Educação sobre a implantação da Lei do Piso, reiterou que o Estado tem nomeado os excedentes e que vai continuar fazendo de acordo com as adequações de cada região, lembrou que o concurso de 2009 foi prorrogado para fevereiro de 2012 e colocou como dificuldade para novas nomeações o fato de que em algumas cidades onde há excedentes não há a necessidade de professor na mesma proporção enquanto que em outras acontece o contrário.
Para além disso deixou implícito uma certa conivência com as atitudes ditadoras do gestor regional e deu a entender que na reunião do dia 26 é que se decidirá sobre a pauta de reivindicações. Ou seja, ficou claro que a luta deve continuar em rítmo cada vez mais forte, caso contrário vai querer levar o sindicato no papo.
Fonte: Blog do Carlos Hermes

Um primeiro sinal de possível retomada de negociação entre o governo do Estado e os trabalhadores da educação, em greve há 50 dias, foi dado, nesta terça-feira (19), em uma rápida reunião entre uma comissão de educadores e gestores da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), da qual os educadores saíram com o indicativo de uma outra reunião, na próxima terça-feira (26), para discutir os pleitos da categoria.
A comissão foi recebida pelo secretário adjunto de Estado de Educação, Fernando Silva, acompanhado de duas assessoras, depois que os trabalhadores de São Luís aprovaram a manutenção da greve, em assembleia realizada no auditório da Fetiema, de onde saíram em passeata até o prédio da Seduc, com o objetivo de estabelecer um diálogo com o governo para discutir as reivindicações, pelas quais os educadores estão em greve, em São Luís e no interior do estado.
Depois de expor, mais uma vez os motivos que levaram a categoria à greve, Júlio Pinheiro cobrou do secretário uma proposta concreta do governo para o pleito dos educadores e a retomada das negociações com o governo, haja vista que desde o início da greve, o governo não apresentou proposta para a pauta reivindicada pelo sindicato. Os trabalhadores cobram a aprovação e implantação imediata do Estatuto do Educador,o cumprimento da Lei do Piso e mais 21 reivindicações que proporcionam a valorização dos educadores e melhorias na rede pública estadual de ensino.
